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quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

Janeiro Branco: palestra aponta preconceito com portadores de transtornos mentais como principal empecilho para tratamento

O preconceito de familiares e parte da sociedade com pacientes que apresentam quadros de distúrbios mentais, é um grande empecilho para que os portadores deste tipo de patologia possam se tratar de forma adequada. Este foi um dos temas apresentados na manhã desta quinta-feira (20), durante a ação do Janeiro Branco, mês de conscientização para a importância da saúde mental, realizada no Caps AD de Lauro de Freitas, localizado no Bairro do Caji.


Durante a ação, que contou com a realização de palestras, atividades lúdicas e de relaxamento, voltadas aos pacientes da unidade e seus familiares, o psiquiatra Rogério Jesus ressaltou a necessidade de conscientização da sociedade da importância dos cuidados com a saúde mental e a desconstrução dos preconceitos que envolvem o problema, para garantir aos pacientes o tratamento adequado.


“É preciso cuidar da saúde mental da população sempre, continuamente e durante todo o ano. O principal inimigo do portador de doença mental é a psicofobia, que é o preconceito por parte da população, da família e muitas vezes do próprio paciente, que se sente envergonhado por ser portador de um transtorno mental. Então ações afirmativas e de promoção de saúde mental como esta, são muito importantes e necessárias para conscientização dos pacientes e de seus familiares”, ressaltou o médico.


O psiquiatra também chamou atenção para a importância da família estar atenta, pois em muitas ocasiões o indivíduo, por estar acometido de alguma doença mental, não tem a percepção de que está doente. Nestes casos, a família precisa estar atenta e ao observar qualquer alteração no comportamento, como mudança de ânimo, tristeza, pensamentos destoantes da realidade, deve intervir e buscar imediatamente a ajuda de profissionais da área.


Paciente do CAPS há três anos para tratamento de uma dependência de álcool, João, nome fictício para resguardar a identidade do paciente, viu a vida transformada para melhor assim que começou a dar atenção a sua saúde mental. O apoio da família e a percepção de que estava doente foram fundamentais para fazê-lo procurar ajuda. Feliz com o recomeço, ele conta com orgulho suas vitórias e encoraja aqueles que estão passando por dificuldades.


“Hoje me sinto 100% bem pelo que eu era antes. Foi graças ao Caps que eu me tornei uma pessoa digna para conversar com alguém e para sair das portas dos bares. Hoje eu faço todo acompanhamento com o psiquiatra daqui e digo para todos, quem tiver com algum problema mental ou com drogas que procure aqui, não tenham vergonha. Tem que enfrentar o problema porque não adianta fugir dele. Eu procurei ajuda e estou bem, fugir é pior, porque está mentindo para a gente mesmo”.


 


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