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sábado, 25 de julho de 2020

Sepromi e Ufba apresentam mapeamento de comunidades de fundo e fecho de pasto



Um seminário virtual na plataforma Google Meet, realizado nesta sexta-feira (24), marcou a apresentação do Mapeamento das Comunidades Tradicionais de Fundo e Fecho de Pasto, ação viabilizada pelo Governo do Estado, por meio da parceria entre Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), Universidade Federal da Bahia (Ufba) e organizações representativas do segmento. A iniciativa foi desenvolvida de forma pioneira pelo grupo de pesquisa Geografar, com investimento aproximado de R$ 1,3 milhão.

O projeto, executado em oito etapas, teve alcance de 15 territórios de identidade, mapeando 980 comunidades localizadas em 56 municípios. Responsável pelos trabalhos, o grupo Geografar atua desde 1996, desenvolvendo pesquisas com a proposta de analisar aspectos ligados ao espaço geográfico no campo baiano, considerando a distintas temporalidades, espacialidades e territorialidades.

A titular da Sepromi, Fabya Reis, destacou que o mapeamento possibilita visibilidade e garantia de direitos às famílias. “Será, sem dúvidas, uma referência para atuação governamental em diversas frentes. Um instrumento que contribui para as políticas públicas de identificação, fortalecimento das comunidades, preservação dos territórios e regularização fundiária. É, acima de tudo, uma conquista que resulta da luta da sociedade civil em diálogo com o poder público”, pontuou.

Valdivino Rodrigues, da Articulação Estadual das Comunidades Tradicionais de Fundos e Fechos de Pasto, que também é membro da Comissão Estadual para a Sustentabilidade dos Povos e Comunidades Tradicionais (CESPCT), ressaltou que, “para nós, considerando toda essa construção coletiva, é um momento ímpar na nossa trajetória. Um grande avanço desde o inicio da luta. Significa demarcar territórios considerando o modo de vida coletivo, o caráter comunitário. Este é um instrumento de defesa da identidade".

Segundo o reitor da Ufba, João Salles, o produto final da parceria reflete “compromissos de Estado”, na diminuição das desigualdades. “Neste trabalho percebemos a universidade conciliando as dimensões da excelência acadêmica e competência técnica com o compromisso social. A Ufba contribui, assim, para os avanços na identificação e regularização fundiária, além do fortalecimento das comunidades nos seus aspectos culturais e econômicos”, afirmou. 

Diversidades 

A apresentação do estudo, coordenado pela professora Guiomar Germani, também incluiu a participação de outros órgãos do poder público, institutos de educação, organizações representativas e movimentos sociais. “Esta foi uma experiência única enquanto universidade, um mergulho nesta realidade complexa, onde foi possível produzir conhecimento sobre comunidades pouco conhecidas. Um trabalho importante e fundamental, sobretudo neste momento de crise mundial que vivemos”, concluiu Germani, diante do público participante de municípios como Juazeiro, Barreiras, Correntina, Formosa do Rio Preto, Ibotirama, Salvador, dentre outros.

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