Coroa Vermelha, ainda não tem casos confirmados da doença, mas fica entre Santa Cruz do Cabrália e Porto Seguro que já somam 19 pessoas infectadas pela Covid-19.
Em meio ao cenário, lideranças indígenas denunciam fome e negligência da Fundação Nacional do Índio Funai.
Comandante das Aldeias do Alto do Juriti Juriti Alto da Boa Vista, em Vitória da Conquista e Itambé, o cacique curiango, 64, conta que sua comunidade ainda tenta se refazer do último despejo e ataque por disputa de terras no fim do ano passado.
Segundo ele em Conquista restaram 59 famílias Tupinambás que tentam se mudar para o novo território. O cacique acrescenta que parte destas pessoas são cadastradas no Bolsa Família e até souberam que teriam direito ao auxílio de R$ 600,mas ainda não entenderam como ter acesso.
Coordenador-geral do movimento líder dos povos e organizações indígenas da Bahia (Mupoiba), Kahu pataxó, disse que índios de Buerarema e una, também no sul do estado exigiram a implantação de Barreiras sanitárias entre essas duas cidades.
Em Coroa Vermelha, a Pajé Maria das Graças, a Iara, 60, conta que a aldeia nova coroa era aberta a visitação e muitas famílias que viviam do Artesanato vendido já estão passando fome.
A entrada da terra indígena foi bloqueada para impedir o acesso. Com aporte R$ 10,8 milhões para ações de combate à Covid-19, em terras e reservas indígenas, a Funai disse que tem um orçamento de R$ 379,4 mil para o sul da Bahia, onde há 12 terras indígenas.
Segundo a fundação o recurso é previsto para a compra emergencial de alimentos e outras ações como aquisição de veículos embarcações para acesso aos locais.
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