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terça-feira, 1 de maio de 2018

Centrais, artistas e candidatos pedem Lula Livre em Curitiba

                          
Dezenas de milhares de pessoas lotaram a praça em frente ao prédio da UFPR (Universidade Federal do Paraná) para o ato unificado do 1º de maio das centrais sindicais brasileiras nesta terça-feira. Estavam representadas CUT, CTB, Nova Central Sindical, UGT, Intersindical e Força Sindical. Também estiveram no palco Lula Livre! lideranças políticas como a presidenta do PT, Gleisi Hoffmann, a senadora  Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) e o presidente do PT-PR, Dr. Rosinha, entre outros. Já entre os artistas que prestigiaram o ato estavam Lucélia Santos, Beth carvalho, Ana Cañas, Maria Gadú e o rapper Flávio Renegado.

Em todas as regiões do Brasil, foram realizados atos unificados das centrais sindicais. Rio de Janeiro, Brasília, Porto Alegre, Salvador, entre outras cidades, protestaram contra a reforma trabalhista do governo golpista do Michel Temer e pela liberdade do ex-presidente Lula. Atos pró- Lula aconteceram também na Argentina, Chile, Venezuela, El Salvador e Colômbia.

Como de costume, a pauta política deu o tom do 1º de Maio unificado em Curitiba. O líder da bancada do PT na Câmara, Paulo Pimenta (RS), lembrou que Lula completa, em 2018, 50 anos de filiação ao Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo. Segundo o deputado, este é o primeiro Dia do Trabalhador do qual o ex-presidente não participa.

“Isso não é uma coisa qualquer. De certa maneira, cada um aqui está fazendo um esforço para atender ao que Lula pediu: representar a voz dele. O fato de este ato unificado ocorrer em Curitiba é uma enorme demonstração de apoio do movimento popular e sindical a ele”, disse Pimenta.

Para o líder do Movimento dos Trabalhadores sem Teto (MTST) Guilherme Boulos, pré-candidato à Presidência pelo PSOL, a unificação de diferentes forças políticas e populares neste 1º de Maio é uma vacina contra o avanço da cultura do ódio.

“Vivemos um surto de violência fascista, a mesma escalada que matou Marielle, que atacou o acampamento de defesa do Lula, que promoveu a prisão arbitrária dele. Neste momento, temos que estar juntos”, defendeu.

Em contraponto a esta escalada do ódio, o sindicalista Denílson Pestana, da Nova Central, destacou os momentos que passou no acampamento Marisa Letícia. “O que presenciei por ali foi a população derramando amor pelo presidente Lula”. Já o presidente nacional da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas, pontuou a união do campo popular na atualidade contra a deterioração dos direitos trabalhistas.

Ele afirmou que a participação de Lula nas eleições presidenciais deste ano seria uma questão democrática e associou o caso à recuperação política e econômica do país. “Se quisermos a possibilidade de desenvolvimento, de retomada do crescimento da economia, de fortalecimento de direitos, a única via é a democrática. Sem ele nas eleições, o caminho será o fascismo, a intolerância e o agravamento da situação do país”, argumentou.

Seguindo o mesmo raciocínio de união da classe trabalhadora, Antônio Carlos dos Reis, o Salim, vice-presidente da UGT (União Geral dos Trabalhadores), afirmou a luta pela liberdade une a todos, mas que esta luta é também “porque não se pode tolerar 14 milhões de desempregados, a retirada dos direitos trabalhistas, que sejam massacrados os pobres deste país.”

Lembrando os ataques que sofre a democracia brasileira atualmente, o representante da Intersindical, conhecido como Índio, apontou que “precisamos restabelecer a democracia pra mudar o rumo do país, chega dessa agenda que desmonta o estado e os direitos sociais e que entrega as riquezas do país ao capital internacional. Por isso a importância do 1º de maio, para inverter essa agenda, ligando a luta pela liberdade do presidente Lula com as questões concretas que afetam o nosso povo.”

No mesmo sentido, Adilson Araújo, da CTB (Central dos Trabalhadores do Brasil) afirmou que “o Brasil precisa se levantar contra os que querem acabar com as conquistas sociais, econômicas e políticas dos últimos anos.”
Solidariedade internacional
O presidente da CUT, Vagner Freitas, destacou em sua fala o apoio internacional. Segundo Vagner, “Lula livre”, a palavra de ordem do dia no Brasil, tomou proporções internacionais e esteve presente nos atos do Dia Internacional dos Trabalhadores e Trabalhadoras da Argentina, do Uruguai, do México, de Cuba, da Espanha, Suíça, França e em diversos países do mundo. “Todos sabem que Lula é inocente e a defesa do ex-presidente é feita dentro e fora do país.”

Os representantes sindicais da CTA da Argentina e do Sindicato UWA, dos Estados Unidos, mandaram um recado à classe trabalhadora brasileira: “o Lula hoje não é brasileiro, é de toda América, de todo o mundo, porque nós todos somos Lula hoje”

Carta de Lula aos trabalhadores
A ilegitimidade de Temer, a maior perda de direitos sociais e trabalhistas do século XX e as escandalosas taxas de desemprego registradas no pós- golpe foram lembrados por Lula na carta lida pela presidenta do PT, Gleisi Hoffmann: “o desemprego cresce e humilha o pai de família e a dona de casa”, disse.

MasLula é, antes de tudo, um nordestino forte que acredita em um amanhã melhor. E na carta ele, que está preso em uma solitária, falou em esperança, disse que “o Brasil é possível”, lembrou que já vivemos esse país que dá certo há pouco tempo e pediu para todos terem esperança.

“A esperança que retomamos neste 1º de Maio unificado não é apenas um desejo, é algo que buscamos em nossa luta democrática em todos os dias. Ela nos fortalece para superarmos o triste momento presente e para construir um futuro de paz e prosperidade”, disse Lula na carta que encerrou dando vivas aos trabalhadores e ao Brasil.

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