Durante lançamento dos editais do Programa Bahia Produtiva, nesta segunda-feira (26/2), o governador da Bahia, Rui Costa (PT), afirmou que a Operação Cartão Vermelho, não tem “um fim de investigação. Ela tem um fim jornalístico, midiático, politico-partidário”. Um dos alvos da Polícia Federal é o ex-governador da Bahia e atual secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Jaques Wagner (PT).
“Quando uma televisão ou a imprensa chega antes nos locais que vai ter uma operação judicial… então chega 5h30 da manhã, 6h fica claro que a operação não tem um fim da investigação. Ela tem um fim jornalístico, midiático, político-partidário . É incompreensível em qualquer lugar do mundo, em qualquer país desenvolvido , a imprensa chegar antes no local onde vai ter operação de quem vai executar”, bradou Rui Costa, que foi além.
“Eu até estranho uma das tevês ter dito acesso privilegiado em relação ao resto da imprensa a essa informação, ter chegado uma hora antes nos locais de que a polícia chegou a executar a operação. Então nitidamente, essa tevê teve informação privilegiada. Não sei quantos dias antes, ela sabia dessa operação. O que mostra que é uma operação casada com a visão midiática, com a visão da propaganda no ano eleitoral , da propaganda negativa… e nosso país , infelizmente, dia após dia , só reafirma essa tendência de parcialidade de quem deveria ser imparcial no processo de investigação”.
Rui reafirmou sua confiança do antecessor e disse que “o processo comprovará a lisura do que foi feito”. “Eu tenho absoluta confiança na lisura de tudo que foi feito , tenho absoluta confiança por que conheço a 35 anos , conheço o ex governador Jaques Wagner , da sua lisura, de sua correção e o processo de investigação comprovará tudo isso. Até por que , as informações que eu tenho, os dados … e vocês podem comparar é que o estádio da Fonte Nova foi o mais barato, seja por metro quadrado, seja por assento no estádio , foi o mais barato entre todos os estádios que foram construídos no Brasil. Isso ficará, na minha opinião, comprovado no processo de investigação .
O que eu acho e vou reafirmar, minha opinião, ninguém… absolutamente ninguém está acima da lei. Todos os brasileiros estão e merecem ser tratados dentro da lei. Por isso, acho que essas medidas midiáticas, elas precisam ter um limite da própria justiça. Se o material precisar ser recolhido para investigação , ele não precisa ser feito de forma midiático e a televisão chegar antes de quem vai requerer o material. Por quê que a tevê precisa chegar cedo, uma hora antes de quem vai fazer a execução? Então isso tudo é para produzir , pra combinar com os horários de televisão.
Minha convicção é que para criar um país democrático e forte a gente precisa reafirmar a necessidade de que todos sejam apurados dentro da lei , mas também, que a gente corrija as ações da justiça, as ações policiais para que elas não sirvam à espetáculos midiáticos. Nós vamos continuar trabalhando , aqueles que tem a ideia que podem nos atacar..que isso vai criar algum tipo de susto, podem ficar com o cavalinho debaixo da chuva por que o trabalho não para. Nós vamos continuar trabalhando com muita serenidade , com muita convicção de que a Bahia é exceção à essa regra nacional graças a Deus e nós vamos seguir aqui como um estado que mais investe…”.