De acordo com a petição apresentada à Justiça Federal pelo Ministério Público Federal requerendo a prisão dos dois peemedebistas baianos, Funaro relatou "expressamente" que fez várias viagens para entregar malas e sacolas de dinheiro "diretamente nas mãos" de Geddel numa sala VIP do hangar Aerostar no aeroporto de Salvador.
Nos detalhes repassados ao MPF, o delator disse que fazia as viagens em voos fretados ou em seu próprio avião. Em duas ocasiões, passou por Salvador com "paradas rápidas" para entregar malas ou sacolas a Geddel quando seguia para Trancoso e Barra de São Miguel.
Em sua delação, Funaro disse que Geddel teria recebido cerca de R$ 20 milhões quando passou pela Vice-Presidência de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica Federal. Ao lado de Eduardo Cunha e Lúcio Funaro, Geddel, como consta na peça do MPF e da Polícia Federal, teria manipulado alguns empréstimos do banco em operações relacionadas a empresas como Grupo Constantino, Oeste Sul Empreendimentos Imobiliários S.A., Comporte Participações S.A., Marfrig, Seara, J&F, Bertin, JBS, Big Frango, Dinâmica Segurança Patrimonial, dentre outras. Nestas operações, o peemedebista teria agido "recebendo e dividindo valores também milionários oriundos das empresas beneficiárias.