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quinta-feira, 4 de setembro de 2014

O tic-tic nervoso dos políticos,por Samuel Celestino

Na verdade, os ataques que os políticos, candidatos ou apoiadores, dirigem uns aos outros não passam  de uma questão de nervos. Normal. Na medida em que os concorrentes avançam na preferência popular e estabelecem vantagens nas pesquisas de opinião, surgem os tais ataques nervosos que é uma maneira de tentar diminuir o avanço. Acabam não funcionando bem assim. Tem acontecido na campanha presidencial. Dilma foi orientada a atacar Marina Silva. Errou em vários pontos.  Primeiro, exibiu seu estado de nervos no debate do SBT e terminou sem marcar os pontos que ela necessitava. No dia subseqüente, terça feira,  voltou ao ataque e comparou Marina a Collor e a Jânio Quadros e esqueceu da sua própria trajetória. Na quarta, Marina deu o troco: “Eu comecei  a minha carreira como vereadora, fui deputada, duas vezes senadora e ministra do Meio Ambiente. Ela nunca se elegeu a nada. A sua única eleição foi para presidente.” Arrematou ainda que Collor  faz parte da base aliada da candidata petista. Não precisou falar de Jânio, que renunciou à Presidência, com o propósito de golpear a República, lá em 1961, portanto já se passaram 53 anos. Praticamente os brasileiros já não sabem quem foi  Jânio. Errou o alvo mais uma vez. O tic-tic nervoso também se manifestou na campanha eleitoral baiana. De forma idêntica, nada anormal em campanha eleitoral, mas surpreendeu por partir do governador Jaques Wagner por não ser do seu costume e marca a sua trajetória política pela elegância. Disse ele que Paulo Souto é “funcionário de uma família” em alusão a ter sido revelado pelo ex-governador e senador ACM e que (não está no sentido literal)  cumpria ordens (de Neto), além de acentuar que o seu candidato venceria as eleições. Disse mais que o prefeito usava as obras do seu governo. No dia subseqüente veio a resposta, em primeiro de Neto, que lembrou que seu avô foi um formador de quadros e que Souto foi o mais importante e competente de todos, enquanto o candidato Rui Costa era “há oito anos é funcionário do governador”. Já Souto rebateu dizendo que “Wagner tem um perfil ditatorial”. Também errou porque este perfil não existe no petista. Enfim, toda esta encrencada nacional e baiana é conseqüência do jogo político absolutamente desnecessário. Mas, como sempre, perdem-se os controles nas campanhas, utiliza-se de frases que não levam a nada, a não ser ao desgaste da já desgastada classe política.

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