Foto: Valter Pontes/ Agecom
O prefeito de Salvador, ACM Neto (DEM), acusou o governo
estadual, por meio da Empresa de Turismo da Bahia (Bahiatursa), e a
Petrobras de não pagar a cota de patrocínio do Carnaval deste ano. A
declaração esquenta a crise entre o Estado e a prefeitura, que envolve
discordâncias na licitação de ônibus, no sistema de metrô e na regulação do serviço de abastecimento de água na capital, com direito a troca de farpas
entre Neto e o governador Jaques Wagner. Em entrevista à Rádio
Metrópole nesta quarta-feira (17), o gestor disse que a administração
municipal também não recebeu o repasse da estatal Petrobras, que também
patrocinou o evento. “São coisas que foram patrocínio, não foram
benesse, tapinha nas costas”, diz. Segundo Neto, o governo estadual,
através da Desenbahia, ainda cancelou um empréstimo de R$ 50 milhões
previsto para a prefeitura. “Quando começou o processo eleitoral, [a
Desenbahia] me mandou uma carta rejeitando o financiamento”, afirma. O
prefeito conta que conseguiu ajustar as contas da prefeitura no ano
passado e pagar todas as obras de recapeamento asfáltico, com recursos
próprios, sem dinheiro do governo baiano e federal. “Além de cancelar
empréstimo [da Desenbahia] para a prefeitura, além de não colocar nenhum
centavo, ainda está devendo”, criticou. Na entrevista, Neto prometeu
que fará uma avaliação dos dois anos do governo no final de 2014 e, na
área "que não deu certo", pode haver troca de comando. “Não tenho nenhum
compromisso com quem não deu resultado”, rechaçou.


Nenhum comentário:
Postar um comentário