Em vez de apresentar um plano de governo robusto e eficiente, a prefeita de Lauro de Freitas, Débora Régis, insiste em transferir toda a responsabilidade da atual crise para a gestão anterior. O decreto de calamidade financeira e as reuniões emergenciais têm sido utilizados como escudo político para ocultar a ausência de projetos estruturantes e ações eficazes em sua gestão. A prefeita parece mais interessada em produzir manchetes e declarações bombásticas do que realmente resolver os problemas da cidade. Essa postura levanta questionamentos sobre sua capacidade de liderar com responsabilidade e visão de futuro.
A alegação de que a folha de dezembro não foi paga por culpa do antecessor é uma desculpa recorrente em transições políticas mal planejadas. Cabe à nova gestão se preparar para desafios conhecidos, especialmente quando se trata de pagamento de servidores e contratos essenciais. O fato é que a população pouco se importa com a guerra política entre gestões e quer ver resultado: salários pagos, serviços funcionando e a cidade organizada. A prefeita, no entanto, prefere o caminho do vitimismo político e da dramatização dos problemas.
A narrativa de que todas as dívidas são “herdadas” carece de transparência e documentos públicos que sustentem as acusações. Até o momento, a gestão não apresentou uma auditoria independente nem relatórios detalhados acessíveis à população. Tudo é tratado como “grave”, “caótico” e “urgente”, mas sem comprovação clara. Essa falta de clareza fortalece a percepção de que o decreto de calamidade serve apenas para flexibilizar regras fiscais e adiar decisões impopulares que a prefeita não quer assumir agora.
Enquanto Débora Régis continua com sua estratégia de apontar culpados, Lauro de Freitas sofre com a paralisia administrativa. Obras inacabadas, ruas esburacadas, esgoto sem tratamento, contratos emergenciais sem transparência… A cidade precisa de gestão firme e soluções reais, e não de uma prefeita que prefere os holofotes do discurso político à responsabilidade de governar com eficiência. A desculpa do “passado” não pode ser eternamente o presente da população.
Nenhum comentário:
Postar um comentário