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segunda-feira, 14 de dezembro de 2020

Ações estratégicas de bloqueio e controle do aedes aegypti adotadas em Lauro de Freitas seguem normas nacionais

 Ações estratégicas de bloqueio e controle do aedes aegypti adotadas em Lauro de Freitas seguem normas nacionais



Equipados com máscara respiratória, luvas, macacão de segurança, botas e bombas portáteis, agentes de combate a endemias de Lauro de Freitas (ACEs) treinados saem em dupla para eliminar, através de controle químico, focos do mosquito aedes aegypti principal vetor de doenças como dengue, chikungunya e zika vírus. A estratégia é utilizada nos bloqueios de transmissão quando há casos notificados ou confirmados das arboviroses em humanos. 

O diretor do Centro de Controle em Zoonozes (CCZ), Ricardo Vieira, explica que as ações de controle para estas doenças são múltiplas e requerem estratégias diferenciadas de acordo com as fases evolutivas do ciclo de vida do vetor. “Diariamente os ACEs fazem o trabalho preventivo que consiste em inspeção de imóveis, orientações educativas, aplicação de larvicidas em depósitos e eliminação de criadouros", disse.

A aplicação do tratamento espacial com as bombas portáteis ocorre após suspeita ou confirmação de casos notificados, com data de início dos sintomas nos últimos 15 dias nos Postos de Saúde do município e direcionadas ao CCZ. “Quando recebemos este documento das unidades fazemos o estudo do local e enviamos a equipe para aplicação do inseticida que tem o objetivo de eliminar os mosquitos alados. O produto é dispensado peridomicílio em todos os imóveis que estejam na área de bloqueio em raio de 50 metros tendo o ponto de origem a residência de provável transmissão”, explicou Vieira. 

A estratégia para aplicação do inseticida é executada em dupla. O ACE Luciano Santos vai à frente abrindo caminho para seu parceiro. “Com a máscara respiratória ele tem dificuldade para enxergar. Por isso caminho na frente, sinalizando os obstáculos”, contou. É ele também que aborda os moradores nas residências informando sobre a atividade, orientando quanto à importância do acesso dos agentes e da participação dos moradores no combate ao vetor. 

A gerente do Programa Municipal de Controle das Arboviroses, Adnélia Souza explica que o tratamento com as bombas portáteis é realizado em  ciclos de um a cinco dependendo das arboviroses e de  acordo com a vulnerabilidade da área. Ela alerta que o uso do produto químico é feito respeitando os critérios de segurança. 

“Este controle não configura uma ação preventiva e não é empregado na rotina de estratégias de contenção da proliferação do mosquito por ser um potencial agressor a outros insetos importantes para o ecossistema como abelhas ou borboletas, animais e ao solo, mas integra um conjunto de atividades emergenciais para contingência do aedes aegypti”, falou.

*Controle químico com Fumacê*

Há situações em que mesmo com as ações de prevenção e controle,  podem acontecer os surtos ou epidemias das arboviroses. Nestes casos um reforço pode ser empregado com o uso racional de inseticidas de maior alcance com o veículo conhecido como “Fumacê”. O veículo é autorizado somente pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab). “O Fumacê integra um conjunto de atividades emergenciais, seu uso é planejado, executado, monitorado e avaliado por técnicos da Sesab e a realização desta estratégia é vetada em áreas silvestres”, pontuou Ricardo.

A utilização do “Fumacê” só indicado onde existe alto índice de infestação do aedes aegypti e casos notificados das doenças.  A autorização da ação é condicionada a análise dos relatórios enviados pela Secretaria Municipal de Saúde com números de casos confirmados das arboviroses, e localidades do município que apresentam as confirmações das doenças transmitidas pelo aedes. 

“É muito importante que a população entenda que este veículo só circula quando não se alcança os resultados esperados no controle da população de mosquitos e  processos preventivos. Por isso é  necessário a colaboração de todos. Em Lauro de Freitas há algum tempo não precisamos utilizar essa estratégia”, frisou. 

*Prevenir é a solução*

O uso indiscriminado do carro fumacê pode causar danos à saúde e ao ecossistema. Existem outras formas de controle do aedes. O vetor se prolifera em ambientes domésticos através do depósito de seus ovos em águas paradas. “Estudos sugerem que os ovos do mosquito resistem por até 450 dias, uma vez que são extremamente resistentes ao ressecamento. A eclosão do ovo ocorre quando a água entra em contato com essa estrutura”, destacou Adnélia.

Os cuidados devem ser diários. Os reservatórios, tonéis, caixas devem estar sempre tampados. Galhos, folhas e até uma tampinha de refrigerante são potenciais focos de proliferação. Use lonas para cobrir pneus, materiais de construção e mantenha garrafas com a boca para baixo. “Pequenas iniciativas surtem grandes impactos, é necessário que todos estejam atentos e façam a sua parte”, falou Adnélia.

Em casos de surgimento de sintomas como febre, manchas pelo corpo, fadiga muscular ou dores nas articulações, o paciente deve procurar atendimento médico em uma unidade de saúde de Lauro de Freitas. Através da coleta de sangue é realizado o exame que faz o diagnóstico destas doenças. 



Jornalista Giovanna Reyner

Fotos Lucas Lins

14/12/2020

ASCOM/PMLF 

www.laurodefreitas.ba.gov.br

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